Porque é o ómega-3 tão importante?
Provavelmente já ouviu dizer que o ómega-3 é muito importante e devemos incluir alimentos ricos em ómega-3 na nossa alimentação. Mas porquê?
Este artigo é o primeiro de uma série de 3 artigos sobre o ómega-3:
– neste primeiro artigo, vou explicar-vos quais são os tipos de ómega-3 mais importantes para nós e quais os seus benefícios.
– no segundo artigo, vou escrever sobre a conversão de um tipo de ómega-3 para os outros tipos
– no terceiro artigo, vou escrever sobre os problemas com o consumo de peixe, os vários tipos de suplementos de ómega-3, assim como os seus prós e contras, e qual é, na minha opinião após fazer uma revisão da literatura científica, o melhor suplemento.
Existem vários tipos de ómega-3:
– o ácido eicosapentaenóico (EPA)
– o ácido docosahexaenóico (DHA)
– o ácido alfa-linolénico (ALA)
– o ácido estearidónico (SDA)
Os ómega-3 pertencem a uma família de ácidos gordos denominados ácidos gordos poliinsaturados (PUFAs, do inglês polyunsaturated fatty acids). As principais famílias de PUFAs são:
– os ácidos gordos ómega-6, com o percursor ácido linoleico (LA)
– os ácidos gordos ómega-3, com o percursor ácido alfa-linolénico (ALA).
Como o corpo não consegue sintetizar LA e ALA, e portanto estes têm que ser obtidos através da nossa alimentação, são chamados de “ácidos gordos essenciais”. Os ácidos gordos SDA, EPA e DHA podem ser sintetizados a partir do ALA, embora o DHA numa menor extensão, como vou explicar melhor no próximo artigo (embora isto dependa de muitos fatores – leia o próximo artigo :)).
Os seres humanos evoluíram consumindo quantidades aproximadamente iguais de ómega-6 e ómega-3 [50]. Ambos são importantes para muitas funções do nosso corpo, por exemplo são precursores de substâncias envolvidas na regulação da pressão arterial e respostas inflamatórias. No entanto, este equilíbrio entre o ómega-3 e o ómega-6 mudou ao longo do século passado. Na alimentação ocidental moderna, o consumo de ómega-6 é, em geral, muito maior que o de ómega-3 devido ao elevado consumo de óleos vegetais. E isto é um problema, uma vez que o ómega-3 ALA e o ómega-6 LA competem pelas mesmas enzimas. Portanto, se houver mais ómega-6, ele ganhará a enzima, o que inibirá a síntese de EPA e DHA [51]. No entanto, nas quantidades corretas, o ómega-6 é também essencial para nós. Neste artigo, escrevo sobre os benefícios dos ómega-3, mas primeiro queria ter isto mencionado.
EPA e DHA
O EPA e o DHA estão presentes em certas microalgas no oceano, que acabam por ser ingeridas pelos peixes. É por isso que peixes ricos em gordura, como a sardinha e o salmão, têm uma quantidade relativamente alta de ómega-3. No entanto, como pode imaginar, também é possível obter ómega-3 se consumirmos diretamente as microalgas em vez dos peixes (leia o terceiro artigo para obter mais informações sobre este assunto).
O EPA e o DHA são componentes estruturais importantes das membranas celulares e, portanto, são cruciais para garantir a função celular. O DHA, em particular, é o principal ácido gordo ómega-3 no cérebro e na retina, e portanto, é crucial para a saúde do nosso cérebro. Por exemplo, podem melhorar os sintomas de depressão maior [9] e depressão leve a moderada (particularmente o EPA) [10, 11]. Curiosamente, um estudo demostrou que estes ómega-3 podem ser tão eficazes quanto o Prozac (ou a fluoxetina, um medicamento antidepressivo) no tratamento da depressão maior [12]. Também podem reduzir a ansiedade [13], reduzir os sintomas de défice de atenção e hiperatividade [14] e melhorar as mudanças de humor na doença bipolar [15, 16] e esquizofrenia [17]. E também podem ajudar a melhorar o sono [18, 19]!
O DHA, em particular, demonstrou regular a neuroinflamação [20], diminuir o declínio cognitivo em indivíduos idosos [21] e pode ser importante na prevenção e também no tratamento (isto é, na desaceleração do declínio cognitivo) da doença de Alzheimer [22-24 ], embora estudos clinícos maiores sejam ainda necessários.
O DHA é também crucial para promover um desenvolvimento saudável do cérebro durante a gravidez e início de vida. Estudos têm demonstrado que níveis mais elevados de DHA nestes períodos poderão levar a um maior desempenho mental e académico mais tarde [25-27].
Estes dois tipos de ómega-3 têm também demonstrado melhorar vários marcadores de doenças cardíacas [1] (incluindo em pacientes com síndrome metabólica [2]), como por exemplo: reduzir os níveis de triglicéridos [3, 4], reduzir a pressão arterial [5], aumentar os níveis de HDL (“o colesterol bom”) [4], reduzir a inflamação [6] e melhorar a função endotelial (o endotélio é a parede interna dos vasos sanguíneos) [7]. No entanto, apesar de melhorarem estes marcadores de doenças cardiovasculares, ainda não há provas convincentes de que os suplementos ómega-3 possam prevenir ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs) [8]. Talvez a fonte (alimentos versus suplementos de óleo de peixe) seja importante? Ainda são necessários mais estudos sobre isto, principalmente porque a maioria dos estudos foi realizada com suplementos de óleos de peixe. Seria interessante saber se outras formas de suplementos (veja mais informações no nosso terceiro artigo sobre suplementos de ómega-3) poderão melhor os resultados.
Além de todos estes benefícios, estes ómega-3 podem também reduzir a inflamação [28, 29] e são benéficos em doenças inflamatórias e auto-imunes [30], como artrite reumatoide [31, 32] e lúpus [33].
Então, para usufruirmos de todos estes benefícios, significa que devemos consumir peixe ou suplementos de óleo de peixe todos os dias?? NÃO!!! Por favor, leia o meu terceiro artigo sobre este tópico, onde irei explicar-lhe os contras de comer peixe ou ingerir suplementos de óleo peixe com regularidade e informá-lo sobre alternativas mais saudáveis e sustentáveis.
ALA
O ALA é um tipo de ómega-3 derivado de plantas. Pode ser obtido em sementes de linhaça moídas, sementes de cânhamo, sementes de chia e nozes.
Este é o tipo de ómega-3 mais frequente na alimentação de quem não consome peixe com regularidade. Tem sido associado a muitos benefícios para a saúde, incluindo reduzir o risco de doenças cardiovasculares, fratura óssea e diabetes tipo 2 [34-37]. O ALA também compete com o ómega-6 LA em certas vias metabólicas, e por isso pode reduzir os níveis de ácido araquidónico (um ómega-6 que alimenta a inflamação), o que pode ser importante para controlar a trombose, inflamação, perda óssea, imunossupressão e cancro [38]. Há alguns estudos que indicam que o ALA pode proteger-nos contra doenças cardiovasculares, principalmente quando a ingestão de EPA e DHA é baixa [39]. Curiosamente, vários estudos demonstram que o ALA reduz o colesterol LDL (popularmente conhecido como “colesterol mau”), e este efeito parece ser ainda maior que o encontrado para o EPA e o DHA [38, 40, 41].
Além disso, dois estudos importantes em pacientes com hipertensão (pressão arterial alta), publicados na reconhecida revista científica Hypertension, reportaram que o consumo de 30g de sementes de linhaça por dia durante 6 meses levou a uma redução significativa na pressão arterial sistólica e diastólica (valor superior e inferior que vê quando mede a pressão arterial) [42, 43]. Um destes estudos é mesmo intitulado “Potente ação anti-hipertensiva da linhaça em doentes com hipertensão“! E os investigadores concluíram,:
“a linhaça induziu um dos efeitos anti-hipertensivos mais potentes alguma vez alcançados por uma intervenção alimentar”.
Os investigadores encontraram uma correlação entre os níveis de ALA no sangue e a pressão arterial sistólica e diastólica, e também uma correlação dos níveis de lignan (outro componente encontrado nas sementes de linhaça) com a pressão arterial diastólica.
Para aumentarmos os níveis de ALA, as sementes ricas neste ómega-3 devem ser consumidas moídas e não inteiras [44]. Se não, as sementes saem do nosso corpo tal e qual como entraram, e portanto, não iremos tirar proveito dos seus benefícios para a nossa saúde. Recomendo que compre as sementes inteiras e moa-as você mesmo, mesmo antes de as comer. Quando as sementes são trituradas e expostas ao ar e à luz durante algum tempo, podem oxidar. Normalmente, eu ponho as sementes de linhaça e cânhamo de molho em água durante a noite e depois trituro-as de manhã na liquidificadora e como imediatamente.
Também é possível comprar óleo de linhaça, no entanto, certifique-se de que este foi pressionado a frio e que não teve contato com o ar. Para além disso, o óleo de linhaça só deve ser usado em saladas ou pratos frios e nunca deverá cozinhar com ele!
Há pessoas que consomem margarina enriquecida com ALA pensando que é uma comida saudável. Por favor, não faça isso. A margarina é tudo menos um alimento “verdadeiro”: é um óleo vegetal altamente processado e refinado, cheio de gorduras trans nocivas, e que estão comprovadas como sendo nefastas para a saúde [45].
SDA
O ácido estearidónico, ou SDA, é muito menos estudado do que os outros 3 tipos de ómega-3 que mencionei antes, mas decidi incluí-lo também neste artigo porque tem algumas propriedades interessantes.
Tem sido sugerido que a taxa de conversão de SDA para EPA e DHA é maior que a de ALA para EPA e DHA (mais sobre este assunto no próximo artigo).
Estudos científicos têm demonstrado que o SDA pode inibir o crescimento do cancro, ter atividade anti-trombótica, reduzir os triglicéridos, ajudar a melhorar os sintomas da artrite reumatóide, e ajudar em certos problemas da pele, como acne e inflamação da pele [46, 49].
O SDA pode ser encontrado em sementes e óleo de cânhamo, algas e sementes de membros da família de plantas Boraginaceae [46-48].
No próximo artigo darei mais detalhes sobre a conversão de ALA para EPA e DHA e no terceiro artigo falarei então sobre como obter os ácidos gordos EPA e DHA, e os prós e contras de vários tipos de suplementos.
Viva saudável,
Ana
Referências
- Peter, S., S. Chopra, and J.J. Jacob, A fish a day, keeps the cardiologist away! – A review of the effect of omega-3 fatty acids in the cardiovascular system. Indian J Endocrinol Metab, 2013. 17(3): p. 422-9.
- Ebrahimi, M., et al., Omega-3 fatty acid supplements improve the cardiovascular risk profile of subjects with metabolic syndrome, including markers of inflammation and auto-immunity. Acta Cardiol, 2009. 64(3): p. 321-7.
- Eslick, G.D., et al., Benefits of fish oil supplementation in hyperlipidemia: a systematic review and meta-analysis. Int J Cardiol, 2009. 136(1): p. 4-16.
- Bernstein, A.M., et al., A meta-analysis shows that docosahexaenoic acid from algal oil reduces serum triglycerides and increases HDL-cholesterol and LDL-cholesterol in persons without coronary heart disease. J Nutr, 2012. 142(1): p. 99-104.
- Ramel, A., et al., Moderate consumption of fatty fish reduces diastolic blood pressure in overweight and obese European young adults during energy restriction. Nutrition, 2010. 26(2): p. 168-74.
- Ciubotaru, I., Y.S. Lee, and R.C. Wander, Dietary fish oil decreases C-reactive protein, interleukin-6, and triacylglycerol to HDL-cholesterol ratio in postmenopausal women on HRT. J Nutr Biochem, 2003. 14(9): p. 513-21.
- Wang, Q., et al., Effect of omega-3 fatty acids supplementation on endothelial function: a meta-analysis of randomized controlled trials. Atherosclerosis, 2012. 221(2): p. 536-43.
- Kwak, S.M., et al., Efficacy of omega-3 fatty acid supplements (eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid) in the secondary prevention of cardiovascular disease: a meta-analysis of randomized, double-blind, placebo-controlled trials. Arch Intern Med, 2012. 172(9): p. 686-94.
- Su, K.P., et al., Omega-3 fatty acids in major depressive disorder. A preliminary double-blind, placebo-controlled trial. Eur Neuropsychopharmacol, 2003. 13(4): p. 267-71.
- Mozaffari-Khosravi, H., et al., Eicosapentaenoic acid versus docosahexaenoic acid in mild-to-moderate depression: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Eur Neuropsychopharmacol, 2013. 23(7): p. 636-44.
- Ginty, A.T. and S.M. Conklin, Short-term supplementation of acute long-chain omega-3 polyunsaturated fatty acids may alter depression status and decrease symptomology among young adults with depression: A preliminary randomized and placebo controlled trial. Psychiatry Res, 2015. 229(1-2): p. 485-9.
- Jazayeri, S., et al., Comparison of therapeutic effects of omega-3 fatty acid eicosapentaenoic acid and fluoxetine, separately and in combination, in major depressive disorder. Aust N Z J Psychiatry, 2008. 42(3): p. 192-8.
- Kiecolt-Glaser, J.K., et al., Omega-3 supplementation lowers inflammation and anxiety in medical students: a randomized controlled trial. Brain Behav Immun, 2011. 25(8): p. 1725-34.
- Heilskov Rytter, M.J., et al., Diet in the treatment of ADHD in children – a systematic review of the literature. Nord J Psychiatry, 2015. 69(1): p. 1-18.
- Balanza-Martinez, V., et al., Therapeutic use of omega-3 fatty acids in bipolar disorder. Expert Rev Neurother, 2011. 11(7): p. 1029-47.
- Saunders, E.F., et al., Low unesterified:esterified eicosapentaenoic acid (EPA) plasma concentration ratio is associated with bipolar disorder episodes, and omega-3 plasma concentrations are altered by treatment. Bipolar Disord, 2015. 17(7): p. 729-42.
- Peet, M. and C. Stokes, Omega-3 fatty acids in the treatment of psychiatric disorders. Drugs, 2005. 65(8): p. 1051-9.
- Montgomery, P., et al., Fatty acids and sleep in UK children: subjective and pilot objective sleep results from the DOLAB study–a randomized controlled trial. J Sleep Res, 2014. 23(4): p. 364-88.
- Hansen, A.L., et al., Fish consumption, sleep, daily functioning, and heart rate variability. J Clin Sleep Med, 2014. 10(5): p. 567-75.
- Domenichiello, A.F., A.P. Kitson, and R.P. Bazinet, Is docosahexaenoic acid synthesis from alpha-linolenic acid sufficient to supply the adult brain? Prog Lipid Res, 2015. 59: p. 54-66.
- Fotuhi, M., P. Mohassel, and K. Yaffe, Fish consumption, long-chain omega-3 fatty acids and risk of cognitive decline or Alzheimer disease: a complex association. Nat Clin Pract Neurol, 2009. 5(3): p. 140-52.
- Mohajeri, M.H., B. Troesch, and P. Weber, Inadequate supply of vitamins and DHA in the elderly: implications for brain aging and Alzheimer-type dementia. Nutrition, 2015. 31(2): p. 261-75.
- Shinto, L., et al., A randomized placebo-controlled pilot trial of omega-3 fatty acids and alpha lipoic acid in Alzheimer’s disease. J Alzheimers Dis, 2014. 38(1): p. 111-20.
- Thomas, J., et al., Omega-3 Fatty Acids in Early Prevention of Inflammatory Neurodegenerative Disease: A Focus on Alzheimer’s Disease. Biomed Res Int, 2015. 2015: p. 172801.
- Singh, M., Essential fatty acids, DHA and human brain. Indian J Pediatr, 2005. 72(3): p. 239-42.
- Helland, I.B., et al., Maternal supplementation with very-long-chain n-3 fatty acids during pregnancy and lactation augments children’s IQ at 4 years of age. Pediatrics, 2003. 111(1): p. e39-44.
- Judge, M.P., O. Harel, and C.J. Lammi-Keefe, Maternal consumption of a docosahexaenoic acid-containing functional food during pregnancy: benefit for infant performance on problem-solving but not on recognition memory tasks at age 9 mo. Am J Clin Nutr, 2007. 85(6): p. 1572-7.
- Calder, P.C., n-3 polyunsaturated fatty acids, inflammation, and inflammatory diseases. Am J Clin Nutr, 2006. 83(6 Suppl): p. 1505S-1519S.
- Li, K., et al., Effect of marine-derived n-3 polyunsaturated fatty acids on C-reactive protein, interleukin 6 and tumor necrosis factor alpha: a meta-analysis. PLoS One, 2014. 9(2): p. e88103.
- Simopoulos, A.P., Omega-3 fatty acids in inflammation and autoimmune diseases. J Am Coll Nutr, 2002. 21(6): p. 495-505.
- Berbert, A.A., et al., Supplementation of fish oil and olive oil in patients with rheumatoid arthritis. Nutrition, 2005. 21(2): p. 131-6.
- Miles, E.A. and P.C. Calder, Influence of marine n-3 polyunsaturated fatty acids on immune function and a systematic review of their effects on clinical outcomes in rheumatoid arthritis. Br J Nutr, 2012. 107 Suppl 2: p. S171-84.
- Duffy, E.M., et al., The clinical effect of dietary supplementation with omega-3 fish oils and/or copper in systemic lupus erythematosus. J Rheumatol, 2004. 31(8): p. 1551-6.
- Rajaram, S., Health benefits of plant-derived alpha-linolenic acid. Am J Clin Nutr, 2014. 100 Suppl 1: p. 443S-8S.
- Rodriguez-Leyva, D., et al., The cardiovascular effects of flaxseed and its omega-3 fatty acid, alpha-linolenic acid. Can J Cardiol, 2010. 26(9): p. 489-96.
- Kim, Y. and J.Z. Ilich, Implications of dietary alpha-linolenic acid in bone health. Nutrition, 2011. 27(11-12): p. 1101-7.
- Singh, R.B., et al., Effect of an Indo-Mediterranean diet on progression of coronary artery disease in high risk patients (Indo-Mediterranean Diet Heart Study): a randomised single-blind trial. Lancet, 2002. 360(9344): p. 1455-61.
- Baker, E.J., et al., Metabolism and functional effects of plant-derived omega-3 fatty acids in humans. Prog Lipid Res, 2016. 64: p. 30-56.
- Campos, H., A. Baylin, and W.C. Willett, Alpha-linolenic acid and risk of nonfatal acute myocardial infarction. Circulation, 2008. 118(4): p. 339-45.
- Finnegan, Y.E., et al., Plant- and marine-derived n-3 polyunsaturated fatty acids have differential effects on fasting and postprandial blood lipid concentrations and on the susceptibility of LDL to oxidative modification in moderately hyperlipidemic subjects. Am J Clin Nutr, 2003. 77(4): p. 783-95.
- Goyens, P.L. and R.P. Mensink, Effects of alpha-linolenic acid versus those of EPA/DHA on cardiovascular risk markers in healthy elderly subjects. Eur J Clin Nutr, 2006. 60(8): p. 978-84.
- Caligiuri, S.P., et al., Flaxseed consumption reduces blood pressure in patients with hypertension by altering circulating oxylipins via an alpha-linolenic acid-induced inhibition of soluble epoxide hydrolase. Hypertension, 2014. 64(1): p. 53-9.
- Rodriguez-Leyva, D., et al., Potent antihypertensive action of dietary flaxseed in hypertensive patients. Hypertension, 2013. 62(6): p. 1081-9.
- Austria, J.A., et al., Bioavailability of alpha-linolenic acid in subjects after ingestion of three different forms of flaxseed. J Am Coll Nutr, 2008. 27(2): p. 214-21.
- Wilczek, M.M., R. Olszewski, and A. Krupienicz, Trans-Fatty Acids and Cardiovascular Disease: Urgent Need for Legislation. Cardiology, 2017. 138(4): p. 254-258.
- Guil-Guerrero, J.L., Stearidonic acid: metabolism, nutritional importance,
medical uses and natural sources. Eur J Lipid Sci Technol, 2007. 109.
- Petrovic, M., et al., Relationship between cannabinoids content and composition of fatty acids in hempseed oils. Food Chem, 2015. 170: p. 218-25.
- Kuhnt, K., et al., Searching for health beneficial n-3 and n-6 fatty acids in plant seeds. Eur J Lipid Sci Technol, 2012. 114(2): p. 153-160.
- Surette, M.E., et al., Dietary echium oil increases plasma and neutrophil long-chain (n-3) fatty acids and lowers serum triacylglycerols in hypertriglyceridemic humans. J Nutr, 2004. 134(6): p. 1406-11.
- Simopoulos, A.P., Essential fatty acids in health and chronic disease. Am J Clin Nutr, 1999. 70(3 Suppl): p. 560S-569S.
- Bradbury, J., Docosahexaenoic acid (DHA): an ancient nutrient for the modern human brain. Nutrients, 2011. 3(5): p. 529-54.
O artigo esatá muito bom.
Obrigada! 🙂